Uma constante espera por uma paixão
Uma constante espera pela oportunidade
Um sonho esquecido
Mais uma taça de vinho
Mais um cálice dessa bebida amarga
Mais um minuto a se perder ou a se ganhar
É disso que a vida é feita
É para isso que ainda estou vivo
Para ver esses minutos passarem por mim
Impregnados de futilidades e coisas vãs
Para respirar esse ar poluído
Ouvir o som desuniforme dessas buzinas
E ver a faísca de um raio no asfalto
Hoje eu falo de vida
E ela não faz nenhum sentido
E continua a ser esse mistério sem propósito
Onde eu posso cruzar com pessoas apressadas
Que passam por mim como livros fechados
Cruzando a rua e guardando segredos só para si.
E esse murmúrio ou esse silêncio de suas vozes
Me dizem a mesma coisa
E essa multidão me faz sentir como se eu fosse mais um
Que passa apressado e joga as horas pela janela
Que vai ser esquecido com se nunca tivesse vivido
Mais um destinado à morte inevitável.
Uma constante espera pelo fim
Uma constante espera pelo recomeço
Um eterno guardar da pureza
Um eterno zelar pelo espírito
Um comentário:
Conheço isso intimamente...
Estamos sozinho sim, mas sabemos mesmo procurar?
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